24 julho 2016

Eduardo Cunha diz que ficará “conhecido por derrubar dois presidentes”, afirma colunista

“Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil.” De acordo com a coluna Radar Online, no site da revista Veja, essa frase de efeito foi dita pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a um interlocutor, que teria saído apavorado de uma conversa recente com o peemedebista.
Réu em dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato, o político estuda assinar um acordo de delação premiada, de acordo com fontes do jornal O Estado de S. Paulo. Oficialmente, porém, Cunha nega essa intenção e diz que “não praticou crime nenhum e não tem o que delatar.
O deputado afastado pelo STF em maio enfrenta, há nove meses, processo de cassação. Aprovado no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), agora terá que ser votado em plenário. Cunha é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao afirmar que não tinha contas no exterior.
Essa semana foi divulgado o conteúdo de mensagens do celular do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo, em que a Polícia Federal encontrou referências a três encontros entre o empreiteiro e o então vice-presidente Michel Temer (PMDB) nos anos eleitorais de 2012 e 2014, intermediados pelo deputado afastado. Em uma das mensagens Cunha afirma que Temer “cansou de esperar” o empreiteiro.

 Eduardo Cunha era presidente da Câmara quando decidiu abrir o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Foi ele quem conduziu a sessão de votação da admissibilidade do impedimento em plenário, em que votou contra a petista e disse: “Deus tenha misericórdia da Nação”.


Gilberto Lima