O 1º secretário do Senado, Vicentinho
Alves (PR-TO), leu, em plenário, a comunicação sobre o recebimento da
autorização da Câmara dos Deputados para que os senadores iniciem a
análise da admissibilidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou a
criação da comissão especial que vai analisar o processo no Senado.
A comunicação deverá ser publicada no
Diário do Senado amanhã (20) e a expectativa é que os líderes
partidários façam a indicação dos 21 membros da comissão até a
sexta-feira (22) à noite. Com isso, o colegiado deverá ser instalado na
segunda ou terça-feira da próxima semana.
Depois de instalada a comissão especial e eleitos o presidente e
relator, o colegiado deverá apresentar, em até dez dias, um parecer
sobre a admissibilidade do impeachment que será levado ao plenário. Se o
relatório for pela continuidade do processo e for aprovado pela maioria
simples dos senadores, a presidenta será imediatamente afastada do
cargo pelo prazo de até 180 dias. podendo continuar morando no Palácio
da Alvorada.
A partir daí, o processo retornará para a comissão especial, que
vai analisar se a presidenta Dilma cometeu crime de responsabilidade e
se deve ter o mandato definitivamente cassado. Após o afastamento da
presidenta, o Senado não tem prazo para concluir os trabalhos de
instrução e julgamento do impeachment.