O
avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na
Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29),
informam autoridades colombianas. Segundo autoridades colombianas, há 76
mortos e cinco sobreviventes. O avião da LaMia, matrícula CP2933,
decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo:
72 passageiros e 9 tripulantes.
Segundo informações do Bom Dia
Brasil, o diretor de um hospital envolvido no socorro disse que apenas
cinco pessos sobreviveram ao acidente: os jogadores Alan Ruschel, Danilo
e Follmann, um jornalista e um comissário. Não há, por enquanto,
identificação das vítimas fatais.
O general José Acevedo Ossa,
comandante da Polícia Metropolitana do Valle de Aburrá, confirmou a
morte de 76 dos 81 passageiros, segundo o jornal El Colombiano, de
Medellín.
Segundo a imprensa local, a aeronave com o time
catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15
de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em
Rionegro, perto de Medellín.
Os jogadores da equipe de Santa
Catarina são os goleiros Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener,
Alan Ruschel e Caramelo; os zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e
Neto; os volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os
meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes: Kempes, Ananias,
Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
As primeiras
informações são que de seis pessoas foram resgatadas e levadas a
hospitais na região, mas uma morreu no caminho. O Corpo de Bombeiros
local falou em 10 pessoas resgatadas.
O Comitê de Operação de
Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se
declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades
de Ceja e La Unión. Anteriormente, a imprensa colombiana informou
possível falta de combustível como causa do acidente. Mas a mídia local
informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião
iria cair.
O time da Chapecoense embarcou para a Colômbia na noite
de segunda (28), para disputar a primeira partida da final da Copa
Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente,
a delegação embarcou em um voo comercial de São Paulo até a Bolívia.
Lá, o grupo pegou um voo da LaMia.
Em comunicado, o clube de Santa
Catarina informou que espera pronunciamento oficial da autoridade aérea
colombiana sobre o acidente.
Em seu perfil no Twitter, o Atlético
Nacional lamentou o acidente e prestou solidariedade à Chapecoense:
“Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal
pelo acidente ocorrido e espera informação das autoridades”.
O
primeiro jogo da decisão, marcado para esta quarta-feira (30), foi
cancelado, segundo a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
A
LaMia (Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación) é uma companhia de
aviação que foi inicialmente constituída na Venezuela no ano de 2009 e
depois mudou sua sede para a Bolívia (Santa Cruz de la Sierra). A
empresa vem sendo desenvolvida para voos não regulares (charter), com o
objetivo de permitir o desenvolvimento de atividades no país e no
exterior, com aeronaves de grande porte – de passageiros e de carga.
O
Itamaraty, pelo telefone, informou que a embaixada do Brasil em Bogotá
está em contato com as autoridades colombianas para obter informações
sobre o acidente. A assessoria informou que as notícias ainda chegam
desencontradas.
O Ministério das Relações Exteriores vai esperar
um posicionamento oficial sobre vítimas e circunstâncias do acidente
para se pronunciar. Está previsto que divulguem uma nota oficial ainda
agora de manhã. O embaixador em Bogotá se chama Julio Bitelli.